Vivemos bombardeados, ameaçados e pressionados pela Inovação e Transformação Digital 24 horas por dia, para produzir novas ideias, novos produtos, novos serviços, novos processos, mas pouco ou nada somos incentivados a aplicar Inovação em nós mesmos. Independente da sua posição ou do segmento que você está atuando, provavelmente já se sentiu inseguro em algum momento quanto à sua habilidade de adaptação diante da intensa transformação na Nova Economia, não é mesmo? Esta insegurança, para muitos que já estão no mercado há algum tempo, se manifesta ainda mais, pois diante de tantas mudanças, o paradoxo mais liberdade no trabalho, flexibilidade e propósito versus somente um bom salário e alguns benefícios se acentua a cada dia.

Mas vou te contar algo importante, se quiser estar preparado para os novos tempos, é importante saber que ter os melhores recursos e tecnologias somente te levará até certo ponto. Para ir além é preciso de muito mais. Não há inovação tecnológica no mundo que substitua a mentalidade da Nova Economia. Modelos de negócios estáveis e seguros simplesmente já não existiam antes da COVID-19, imaginem daqui para frente e quem não aceitar isso logo, está fadado ao fracasso. A tendência é vivermos mais, e consequentemente trabalharmos mais tempo durante nossas vidas, o aprendizado contínuo é essencial para não nos tornarmos obsoletos, e ficarmos fora do Mercado.

A jornada para transformar sua mentalidade e sobreviver na Nova Economia passa por 8 dimensões, veja quais são elas abaixo:

QUEBRAR PARADIGMAS A dimensão “QUEBRAR PARADIGMAS” está relacionada a maneiras de quebrar padrões e modelos de pensamentos estabelecidos há muito tempo. A primeira atitude que você precisa tomar é mudar a sua forma de encarar as situações que aparecerem à sua frente. Pense naqueles problemas que existem hoje e ainda não têm uma solução satisfatória, que incomodam muito a você e às outras pessoas. Pense em como você poderia colaborar para criar uma solução inédita para esses problemas – uma solução que depois de implementada sirva como novo parâmetro, mais adequado ao momento que você está vivendo. Afinal se você NÃO MUDA, VOCÊ não se motiva. Apenas adia a sua frustração.

ASSOCIAR A dimensão “ASSOCIAR” acontece quando experiências diversificadas, próprias ou de outros, se encontram e propiciam ideias inovadoras florescerem. Durante toda a história, grandes ideias surgiram dos pontos de contato de culturas e experiências. Associação é a habilidade de criar combinações que inicialmente podem parecer estranhas, mais que podem gerar grandes ideias. Para entender melhor como funciona, e porque algumas pessoas fazem melhor o uso dela que outras, é importante compreender o funcionamento do cérebro. Ele não armazena informações da mesma forma que o dicionário, alfabeticamente. Quanto mais diversificados forem os conhecimentos acumulados no cérebro, mais associações ele pode fazer quando receber novas informações. Os inovadores manobram intencionalmente a si mesmos para as interseções, em que experiências diversificadas levam à descoberta de novas percepções. Algumas formas de desenvolver e aprimorar à associação são: Zoom in e Zoom out (detalhes e visão macro) e Pensamento Lego (várias possibilidades). Como disse Linus Pauling – ganhador do prêmio Nobel:

A melhor maneira de ter uma boa ideia é ter uma porção de ideias”.

QUESTIONAR A dimensão “QUESTIONAR” é um elemento que gera novos insights. A partir dele, diferentes inputs e ideias podem ser incentivadas. Por isso, abrir a mente para os mais diversos questionamentos faz parte da jornada de inovação. O processo eficaz exige não apenas perguntas, mas perguntas desafiadoras que provocam o “status quo”. São elas que geram aprendizado e fortalecem a confiança em você. Não há nada mais eficiente para mitigar o risco de uma ação e mapear imprevistos do que a capacidade de contestar. A boa notícia é que questionar é uma habilidade que pode ser treinada e aperfeiçoada com exercícios e técnicas que vão te desenvolver. Como disse Peter Drucker:

O trabalho importante e difícil nunca é encontrar as respostas certas, é encontrar a pergunta certa.”

OBSERVAR A dimensão “OBSERVAR” diz respeito a habilidade de prestar cuidadosamente atenção no mundo ao seu redor – incluindo pessoas, clientes, produtos, serviços, tecnologias e empresas. Coloque novas lentes e procure por detalhes a fim de obter inspiração. Um bom observador, consegue abstrair informações do cotidiano e criar a partir delas. É importante, nesse processo, não se deixar influenciar pelas primeiras impressões para concluir uma informação sobre quem / o que é observado. Por mais simples que pareça, observar sem julgamentos e com empatia muitas vezes revela insights que passariam despercebidos. Ao fazer isso, torna-se possível perceber como os indivíduos contornam seus problemas do dia-a-dia, ou mesmo entender melhor os problemas que outras pessoas enfrentam. É crítico lembrar que, as observações começam pelos olhos, mas envolvem mais que isso. As pesquisas sobre aprendizados sublinham repetidamente o poder da experiência multissensorial. Assim, observar pode ser também ouvir, provar, tocar e cheirar. Todos nós somos espectadores – da TV, de relógios, de trânsito na avenida-, mas poucos somos observadores. Todos estão olhando, mas poucos estão vendo. Agir no piloto automático mata de fome a capacidade criativa do cérebro. A dimensão “NETWORKING & BENCHMARKING” se torna mais capaz de despertar ideias inovadoras quando você começa a conversar com pessoas de diversas redes sociais. Isso significa arriscar-se e desafiar-se socialmente.  

NETWORKING & BENCHMARKING O Networking & Benchmarking de uma mente inovadora vai além da esfera convencional e busca pensamentos opostos e conflitantes. Falar com gente de diferentes posições nos negócios, empresas, setores, países, grupos étnicos, grupos socioeconômicos, etários (pessoas com 18 anos e com 80 anos), políticos e religiosos, traz diversidade de redes, que tem backgrounds e perspectivas diferentes, alimentando a diversidade de ideias. Faça Networking & Benchmarking constantemente, quanto mais contato você tiver com pessoas que tem muitas ideias inteligentes e inovadoras mais Inovação Pessoal você terá. Certa vez Albert Einstein disse:

O que uma pessoa faz sozinha, sem ser estimulada pelas opiniões e experiências de outros, é, mesmo na melhor das hipóteses, bastante fútil e monótono”.

EXPERIMENTAR A dimensão “EXPERIMENTAR” é considerada um dos pilares mais fortes da inovação. A vivência de experimentar, nos faz evoluir, é muito diferente de apenas buscarmos uma literatura sobre o assunto por exemplo. Pressupõe “pensar com as mãos”, fazer aprendendo, aprender fazendo. Quando pensamos em experimentos, logo já imaginamos aqueles cientistas de jaleco branco em um laboratório. Assim como os cientistas, as pessoas inovadoras também experimentam ativamente novas ideias, e a partir dessas ideias surgem grandes inovações. Participe de seminários ou cursos fora de sua área de especialização. Quando você viajar, não perca à oportunidade de aprender sobre diferentes estilos de vida e comportamento local. Encontre maneiras de realizar pequenos e frequentes experimentos em todos os níveis da organização/carreira. Essas dicas irão te ajudar a conhecer um lado que talvez você ainda não conheça, seja de uma cultura ou de uma profissão, esse conhecimento, sem dúvida, irá te ajudar a ter grandes ideias. Podemos e devemos explorar sem cessar o mundo, intelectual e fisicamente, desafiar convicções, testar hipóteses ao longo do caminho. Jeff Besos – fundador da Amazon – nos disse que:

As experiências são importantíssimas para à inovação porque raramente resultam naquilo que você espera. E ainda se aprende muito com elas.”

Muitas pessoas que são supertalentosas em muitas coisas, se boicotam por conta de um “status quo”. Por estarem acomodadas na sua zona de conforto e que, por medo, não conseguem mover sua vida à frente, inovar e com isso criar soluções que podem mudar a vida de milhões de pessoas. Albert Einstein disse certa vez: “Quem nunca errou, nunca tentou nada novo”. Inovar, na vida pessoal, é promover uma transformação, fazer algo que nunca fez, de um jeito que nunca fez. Crie espaços e momentos para você descansar e se sentir à vontade para atrair suas ideias mais criativas – viaje, faça coisas relaxantes – isto aumenta o seu poder de criatividade para se “desfazer” do velho e se engajar com o novo. INOVAÇÃO PESSOAL INOVAÇÃO PESSOAL é um estado de espírito e não uma forma de atuar. Ser inovador, independente do que você faça, reconhecendo seus talentos, acreditando no que você faz e o mais importante, se permitir sonhar, vai trazer sua evolução.

O adulto criativo é a criança que sobreviveu” . Murilo Gun

ESTUDAR O FUTURO A dimensão “ESTUDAR O FUTURO” está conectado a investir em aprendizado contínuo, pois isso contribui para conhecer as profissões mais promissoras e desenvolver habilidades que cada vez mais são valorizadas na era digital. Os modelos de aprendizagem estão se transformando, cada vez mais serão sob demanda, considerando necessidades e velocidades individuais, assim é possível à atualização e aprimoramento de seus conhecimentos e competências. O Fórum Econômico Mundial denominou esses pontos de “reskilling” e “upskilling”. Outra fonte interessante são as informações sobre novas patentes requeridas no mundo, elas são um bom indicador das mudanças que transformarão a nossa vida no futuro – busque pegar carona nestas ideias e nestas oportunidades. Diante de tanta transformação, o seu PROTAGONISMO é que vai te colocar numa posição diferenciada. Em resumo… A tendência é vivermos mais e, consequentemente trabalharmos mais tempo durante nossas vidas. Por isso, o aprendizado contínuo é essencial para nos mantermos atualizados, não nos tornarmos obsoletos e ficarmos fora do Mercado. Focar na nossa própria Inovação – na Inovação Pessoal, é imprescindível para ajustar a bússola interna com a Nova Economia, possibilitando à absorção das diversas Inovações que temos que lidar atualmente, sejam elas: 1) Profissionais – novos modelos de trabalho, novos produtos e serviços, novas demandas de nossos clientes etc. 2) Pessoais – estruturas familiares, necessidades, desejos etc. 3) Culturais – novas maneiras de relacionar com o mundo externo em geral. Diante de tantas variáveis, é essencial identificar um ponto de partida para se preparar rumo à necessidade individual. Tudo isso com certeza vai trazer clareza, confiança e motivação para continuarmos nossa jornada! Fale com nossos consultores: contato@ciatecnicaconsulting.com.