É preciso pensar na estruturação digital das organizações, condição imprescindível para que as empresas tenham fôlego para navegar na Nova Economia.

Em todos os meios empresariais e executivos, em reuniões, congressos e até mesmo no cafezinho, não é raro deparar-nos com os termos: inovação, transformação digital, mudança de mindset, crescimento exponencial, etc. Termos que estão diretamente ligados as mudanças profundas que estamos vivendo principalmente nos últimos anos em nosso modo de vida, mas podem fazer com que um ouvinte distraído os trate como um mero modismo. No mundo dos negócios, onde as empresas precisam acompanhar as mudanças que afetam seus mercados, para que continuem ativas e sadias economicamente e financeiramente, deve existir uma urgente preocupação de se reinventar e se reestruturar para este novo mundo, a Nova Economia.

Alguns, os mais grisalhos, se lembrarão do Departamento de Organizações e Métodos – o qual costumava ser muito comum em grandes empresas nas décadas de 60, 70 e 80, eram chamados de “os caras do papel”. Esta função era responsável por criar formulários, organizando os processos operacionais da empresa, que em quase sua totalidade não eram automatizados.

Com o avanço da computação e o advento dos sistemas informatizados, esta função de organizar os processos através de métodos manuais e formulários foi desaparecendo. Mas, podemos dizer que foi sendo substituída nos anos seguintes por analistas de processos, analistas de negócios, organizados em equipes de Gestão de Processos, Controles Internos, ou por analistas de sistemas do Departamento de TI, com o objetivo de organizar os processos, mapeando, monitorando e visando maior eficiência operacional, com uso de sistemas informatizados, principalmente através dos pacotes ERPs ou soluções desenvolvidas internamente.

No mundo digital é preciso novamente atualizar a visão estratégica sobre as operações das organizações, pensar que os processos devem ser pensados de forma totalmente digital organizados com base em APIs – para os que ainda não conhecem, é o termo atualmente adotado para denominar as portas de entrada ou saída de informações de um sistema, quando integra-se com outro. Nesta nova abordagem, os processos operacionais devem ser pensados de forma totalmente digital e organizados adequadamente através de uma arquitetura tecnicamente estruturada, que permitirá o máximo aproveitamento e uma rápida adaptação das operações da empresa, algo sempre necessário neste novo mundo digital. Esta organização de processos digitais é o que possibilitará à empresa ter a agilidade necessária para que seja capaz de adaptar seus processos internos de forma dinâmica e constante às necessidades de seus clientes e consumidores, que assim, tenha a capacidade de rapidamente aproveitar oportunidades de novos negócios e criar novos produtos e serviços. Em resumo, para que a empresa tenha chance de competir na Nova Economia, além de ter um mindset digital na elaboração de sua estratégia e na forma de agir e pensar de seus executivos, gestores e colaboradores, também é necessária uma reestruturação de seus processos internos em processos digitais. Deve organizar seus ativos digitais, os quais compreendem o conjunto de APIs e dados disponíveis, para integrações com seus diversos sistemas internos, com sistemas de fornecedores, de clientes, canais de distribuição, marketplaces, e-commerces, redes sociais, ou seja, estar estruturada digitalmente para ter capacidade de interagir naturalmente com o mundo digital. Também, a rápida adoção de novas tecnologias como: IA (inteligência artificial), blockchain, IoT – internet das coisas – bigdata e outras, só é possível com uma estrutura digital que permita incorporar estas tecnologias de forma ágil e segura.

Algo muito preocupante é que a grande maioria das organizações, apesar de estarem cientes da necessidade de inovação em seus produtos, serviços e processos internos, não tem ainda conhecimento de qual caminho deve ser seguido, ou seja, qual é o meio para ter o modus operandi de empresas ditas inovadoras ou exponenciais, como por exemplo: Amazon, Apple, Uber, Netflix, etc. Definitivamente a solução não se restringe simplesmente a adotar uma determinada tecnologia, adquirir startups ou trocar de ERP. A jornada de transformação requer uma visão bem mais ampla e exige uma reanálise das estratégias do negócio com uma visão totalmente baseada no novo mundo digital, passando por revisão de conceitos, métodos e estrutura organizacional. Mas, além disso é imprescindível e básico ter uma organização consistente dos ativos digitais, criando e estabelecendo uma arquitetura interna digital robusta, segura, dinâmica e de fácil integração com o mundo digital, permitindo rapidamente modificações e adaptações no modus operandi das empresas, para que qualquer mudança necessária nas operações tenha agilidade que a Nova Economia exige.

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