David W. Cearley, vice-presidente, analista e parceiro do Gartner, uma das maiores consultorias que auxiliam os profissionais de tecnologia através de pesquisas, eventos e prospecção no mercado de TI, anunciou no último Symposium ITxpo as principais tendências tecnológicas estratégicas para 2018.
A consultoria utiliza o termo “The Intelligent Digital Mesh” (A Malha Digital Inteligente) para segmentar essas tendências em Inteligência, Digital e Malha. Hoje vamos falar sobre as principais tecnologias atribuídas a cada um desses conceitos.
Inteligência:
Quase tudo é IA…
É fato que a eficiência da Inteligência Artificial é capaz de refinar a tomada de decisões, reinventar modelos de negócios e ecossistemas e otimizar a experiência do cliente. Com o aumento da procura sobre o assunto, cerca de 59% das organizações ainda estão coletando informações e estudando estratégias e formas de implementação da IA, enquanto 41% já iniciaram seu percurso para adoção dessas soluções, segundo uma pesquisa realizada pelo Gartner.
“As empresas devem se concentrar nos resultados empresariais habilitados por aplicativos que exploram tecnologias de IA estreitas e deixam IA geral para pesquisadores e escritores de ficção científica”, diz Cearley.
Em breve, softwares, aplicativos e serviços integrarão a IA discretamente em algum nível. Essas aplicações inteligentes também possuem o poder de transformar a estrutura de trabalho e o desafio fica por conta dos fornecedores de softwares. “Desafie seus fornecedores de software e serviços embalados a descrever como eles usarão a AI para agregar valor comercial em novas versões na forma de análises avançadas, processos inteligentes e experiências avançadas de usuários”, observa Cearley.
Digital:
A conexão do mundo real com o digital
Plataformas de conversação, Realidade Aumentada (RA), Realidade Virtual (RV), Realidade Mista e Computação de Borda são alguns dos termos mais importantes para falarmos sobre tendências tecnológicas no segmento Digital. Porém, um dos assuntos mais recentes são os Gêmeos Digitais. Definidos como uma representação digital de sistemas e entidade no mundo real, com a ajuda da Internet das Coisas, estão ligados a objetos do mundo real que geram informações, otimizando operações e agregando valor. “Com cerca de 21 bilhões de sensores e pontos finais conectados até 2020, gêmeos digitais existirão para bilhões de coisas no futuro próximo. Potencialmente bilhões de dólares de poupança em reparo e operação de manutenção (MRO) e otimização do desempenho dos ativos da IoT estão na mesa”, diz Cearley.
Mesh:
Conexões, redes e segurança
Blockchain, Event-Driven e o CARTA (Continuous Adaptive Risk and Trust – Risco Adaptativo Contínuo e Confiança, em português) fazem parte da “malha” para que todas essas tecnologias ofereçam também segurança às empresas e usuários que esperam estar prontos para explorar novos momentos comerciais e digitais. Com isso o Blockchain, muito comentado durante 2017, pode ser uma dessas soluções. O conceito é de um registro contábil compartilhado, distribuído e descentralizado que exclui qualquer atrito comercial, por não depender de aplicativos e participantes individuais.
O uso de tecnologias como IOT e IA, entre outros, demandam a necessidade de explorar os conceitos do CARTA, por exemplo, que permite a identificação e tomada de decisões em tempo real e atribui a responsabilidade de segurança aos desenvolvedores.
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